sábado, 31 de maio de 2008

Serrinha: sua História, sua Vida e seu Povo

Luciene Silva Amorim


A História de Serrinha
Você vai conhecer
A Nação Cariris
Foi a primeira aqui conviver
Deixaram sua cultura
Que valeu a pena aprender

Serrinha se tornou
Ponto de ligação
Da capital colonial
Ao Rio São Francisco no Sertão
Abriram estradas das boiadas
Para efetuar a colonização

Surgiu uma fazenda
Nomeada Serrinha na Capitania na Bahia
Descansar homens e animais
Era o que o colono português queria
Criação de gado
Era também sua serventia

Como em todo o Brasil
Os negros aqui foram explorados
Usavam sua mão-de-obra
Muitos foram massacrados
Como os índios tocós e beritingas
Que foram aniquilados

Bernado da Silva
Comandante português de uma expedição
Foi quem iniciou
A urbanização
Construiu uma capela
Tendo Senhora Santana na louvação

Distrito de Paz de Serrinha
Foi nomeada
No fim do século XIX
Foi desmembrada
Da cidade Purificação dos Campos
Que Irará hoje é chamada

Uma estrada de ferro
Foi construída
Ligar Serrinha à Salvador
Esta foi à meta obtida
A dinamização da cidade
Ficou bem estabelecida

Comercializar
Cereais e gados
Foi o que impulsionou
A economia de fato
A Feira Livre
Podemos ver que foi um legado

José Joaquim de Araújo
Foi o capitão
Que reivindicou
Pela emancipação
No dia 13 de junho
Realizamos esta comemoração


A antiga fazenda
Do português Bernado da Silva
Hoje é uma praça
Que por todos é conhecida
Como Luís Nogueira
Uma praça muito querida

Hoje Serrinha
Possui mais de 70 mil habitantes
Com seus 19 bairros
Torna a cidade interessante
Uma vasta zona rural
Com comunidades cativantes.

Pra você que é curioso
E gosta de aprender
Pesquise mais sobre Serrinha
Que você vai ver
A mistura de etnias
Que está dentro de você

sexta-feira, 30 de maio de 2008

ESTAÇÃO FERROVIÁRIA DE SERRINHA: A CULTURA DA TRIPA SECA

Era uma vez . . . Todas as histórias de contos de fadas começam assim. Aqui é tudo real! Ouça o ensurdecedor e fascinante barulho piuiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!
Faremos um passeio de trem no passado, presente e futuro da estação ferroviária de Serrinha.
Tudo começou no ano de 1880, quando chegou à estrada de ferro. Ela não veio sozinha! O grande barulho do trem fez acordar o desenvolvimento da cidade serrinhense. Hotéis foram construídos, o comércio desenvolveu e até uma bomba d’água foi instalada para abastecer o admirável trem.Podemos falar que antes deste acontecido as viagens eram feitas à pé, em lombo de animais ou em carroças.
A chegada da estação ferroviária foi um marco na história de Serrinha, pois com isso, a até então vila, foi emancipada em poucos anos depois, exatamente em 30 de junho de 1891.
Os poetas-compositores Milton Nascimento e Fernando Brant conceituam a estação, na envolvente canção Encontros e Despedidas:

Todos os dias
É um vai e vem
A vida se repete
Na estação
Tem gente que chega
Pra ficar
Tem gente que vai
Pra nunca mais
Tem gente que vem
E quer voltar
Tem gente que vai
E quer ficar
Tem gente que veio
Só olhar
Tem gente a sorrir
E a chorar

Hoje a estação ferroviária, destaca-se não pelo vai e vem de pessoas que entram no trem com destino, em especial para Salvador, mas sim pelo vai e vem na própria estação. São nos finais de semanas que este local que para muitos se tornou um lugar, “ferve de gente”. O barzinho localizado dentro da estação é ponto certo para quem quer comer uma deliciosa tripa seca, prato que se tornou referência. Uma grande diversidade de gêneros, etnias, idades e classe social é visível. Crianças correndo de um lado para o outro, mulheres e homens sempre acompanhados com a família ou amigos e estes podem chegar em carros, de bicicleta ou até a pé, não importa, o que realmente vale é a prazerosa conversa e a suculenta tripa seca com uma cervejinha ou refrigerante.
E foram felizes para sempre. . .
Espera uma pouco! Esta história, como já foi dito, não é contos de fadas e não acaba aqui. Ainda vamos conhecer os sujeitos que fazem deste local um lugar no qual rir, chora, trabalha, dialoga, vive.

Luciene AmorimDE SERRINHA: A CULTURA DA TRIPA SECA

Era uma vez . . . Todas as histórias de contos de fadas começam assim. Aqui é tudo real! Ouça o ensurdecedor e fascinante barulho piuiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!
Faremos um passeio de trem no passado, presente e futuro da estação ferroviária de Serrinha.
Tudo começou no ano de 1880, quando chegou à estrada de ferro. Ela não veio sozinha! O grande barulho do trem fez acordar o desenvolvimento da cidade serrinhense. Hotéis foram construídos, o comércio desenvolveu e até uma bomba d’água foi instalada para abastecer o admirável trem.Podemos falar que antes deste acontecido as viagens eram feitas à pé, em lombo de animais ou em carroças.
A chegada da estação ferroviária foi um marco na história de Serrinha, pois com isso, a até então vila, foi emancipada em poucos anos depois, exatamente em 30 de junho de 1891.
Os poetas-compositores Milton Nascimento e Fernando Brant conceituam a estação, na envolvente canção Encontros e Despedidas:

Todos os dias
É um vai e vem
A vida se repete
Na estação
Tem gente que chega
Pra ficar
Tem gente que vai
Pra nunca mais
Tem gente que vem
E quer voltar
Tem gente que vai
E quer ficar
Tem gente que veio
Só olhar
Tem gente a sorrir
E a chorar

Hoje a estação ferroviária, destaca-se não pelo vai e vem de pessoas que entram no trem com destino, em especial para Salvador, mas sim pelo vai e vem na própria estação. São nos finais de semanas que este local que para muitos se tornou um lugar, “ferve de gente”. O barzinho localizado dentro da estação é ponto certo para quem quer comer uma deliciosa tripa seca, prato que se tornou referência. Uma grande diversidade de gêneros, etnias, idades e classe social é visível. Crianças correndo de um lado para o outro, mulheres e homens sempre acompanhados com a família ou amigos e estes podem chegar em carros, de bicicleta ou até a pé, não importa, o que realmente vale é a prazerosa conversa e a suculenta tripa seca com uma cervejinha ou refrigerante.
E foram felizes para sempre. . .
Espera uma pouco! Esta história, como já foi dito, não é contos de fadas e não acaba aqui. Ainda vamos conhecer os sujeitos que fazem deste local um lugar no qual rir, chora, trabalha, dialoga, vive.

Luciene Amorim

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Quando os europeus chegaram às terras brasileiras, graças ao projeto mercantilista, encontraram aqui grandes nações que se organizavam socialmente através de tribos. Estima-se que viviam no Brasil no século XVI aproximadamente 6 milhões de pessoas . Hoje, este número se reduz e chega a 1%deste total.
Para melhor facilidade no contato dos europeus com os indígenas, os primeiros trocavam coisas consideradas por eles de ínfimo valor por ouro, ervas e pau-brasil. O contato indígena como o homem branco, até então eram pacíficos, mas a partir do momento em que os europeus passaram a se utilizar da força para submeter os índios eram castigados, humilhados, além do desrespeito as tradições, exumação de tribos inteiras.
Partindo deste breve passeio histório vamos noso remeter ao episódio do representante da ELETROBRÀS Paulo Fernando Resende e os índios da tribo caiapós. A defesa indígena foi vista e transmitida pela mídia como "selvageria". Para quem está sendo "convidado" a se destituir de seu território, para construção de outra hidrelétrica, a segunda maior do Brasil, depois de Itaipú é uma ofensa. Que benefício teriam estas tribos?
Este caso lembra-me quando a família real chegou ao Brasil, e como não podiam (oui não queriam) construir suas moradias, destituíram seus verdadeiros moradores para ocupar estes espaços. Outro caso também feito pelo próprio governo, por exemplo, no pelourinho, que expulsou os moradores para transformação da eestrutura em centro turístico e cultural, hoje reterritorializado pelos antigos moradores e pelas pessoas que pertencem a esta mesma classe , mas, para que isto viesse a ocorrer foi preciso um conflito entre as partes.
Hoje, a ELETROBRÁS retoma um projeto antes abandonado e agora com a proposta de redução de área alagada de 1.225 Km2 para 440 Km2 numa reserva indígena. Reserva como o próprio nome diz reservado, e a uma sociedade que teve suas terras , culturas limitadas e agora o território que já é pequeno pela quantidade de terras que um dia já possuiam, terá que ser reduzido mas ainda para atender a interesses capitalistas, já que, o Brasil possui potencial hidrelétrico para abastecer todo o país e adjacências.
E agora, a quem caberá a decisão? E qual a posição da FUNAI diante deste caso?
Este episódio aos poucos está sendo abafado pela mídia para que as decisões sejam tomadas , os índios sejam vistos como estão sendo; homens selvagens que não tem atitudes próprias e sem direito a decisão de seu bem estar



Publicado por: Sílvia de Santana Borges
Confesso que fiquei chocado ao ver as reportagens sobre ataque dos indios caiapós ao engenheiro da ELETROBRAS exibidas no último Domingo (25/05/08) e nos demais telejornais durante a semana. Chocado com o sensacionelismo com que foi tratado o fato.Sai Isabela e Carolina Jatobá entra o engenheiro Paulo Fernandes Resende; sai Alexandre Nardoni e a madrasta entram os caiapós. Num turbilhão de perguntas sem respostas e informações dispersas em chamadas que mexiam com nossas emoções ao limite.

Esta atitude da mídia provocou-me algumas inquietações que não me tinham passado pela cabeça até então:(1)Apesar da necessidade de evitar uma crise energética no futuro, de onde surgiu a necessidade de se construir uma usina de tamanha proporção ( a segunda maior em produção de energia do Brasil) ? em tempos lobistas onde os interesses dos deputados e senadores são "coincidentemente" os das empreiteiras e não os da população fica difícil saber; (2) que ponto de pauta das discussões levou os índios caiapós a tomarem essa atitude? parece que não é interessante participarmos de tais discussões, mas sim que assistamos a tudo estarrecidos e/ou emocionados; e, utilizado da minha ignorância progamada sobre os fatos, (3) de que forma os caiapós seriam ressarcidos caso cedessem suas terras ao governo para a construção da hidrelétrica? receberiam ocas com sistema de esgoto, energia elétrica, praça de aldeia pavimentada? ou áreas particulares de caça e pesca com mapas para os índios se adaptarem ao novo espaço demarcado?

O que está em jogo nessa disputa não é apenas a posse da terra, e sim a identidade dos caiapós, que será totalmente abalada caso o projeto do governo seja implantado. Não seria surpresa alguma lá pra 2015 encontrarmos na região um monte de índios alcoólatras sem território, sem identidade com toda sua história embaixo de milhões de litros cúbicos d'água e milhões de dólares nos cofres do governo e das multinacionais das minas e energia.Esse fato, mais uma vez, nos mostra o verdadeiro objetivo da imprensa no Brasil, garantir os índices de audiência e consequentemente o lucro com a publicidade e defender os interesses das classes privilegiadas subjugando qualquer interesse coletivo da sociedade.